...Pois logo chega um novo Adeus.

As pétalas da tua rosa já secaram. O porta-retrato nem tirei da caixa. As lembranças passei e dobrei, e as coloquei na mala. A água em cima da escrivanhia engoliu as letras da sua música. Olhei de longe e lá deixei, de maneira injusta. Pra não lhe pensar, aumentei a música e os plugins quase me ensurdeciam. Já não descansava e os anjos que me mandou, eu os carinhava, enquanto eles sim, dormiam. Me afastei e procurei onde não devia, formas de esquecer. Cansaria com esta dor que propus a me submeter. Pois sabia eu, a falta que me faria um beijo. Não é opção largar por aqui meu desejo. E o que fazer com esse amor que a gente plantou, regou e semeou? Olharei pra tras e chorarei as mágoas de um belo jardim que simplismente secou? Quantos dias mais conseguirei sem você? Se já choro nesta prévia que me atormenta, me tenta, tende a me enlouquecer. Eu já vi a distância mudar vidas, já vi quebrar trincas. Já vi ela aumentar a solidão e já até acabou em ingratidão. E é ela a acusada por quase toda a minha dor. Por isso prefiro descatar esta, tirando dela toda a culpa, morrendo ou não de amor. Pois bem, minha ''ave'', muita paz, felicidade e longevitude. Fique bem meu bem. O nosso amor foi uma virtude.